Quem trabalha com o desenvolvimento de software há alguns anos sabe bem que praticamente todo código precisa ser melhorado ao longo do tempo. E é justamente por facilitar este processo que o código limpo ganha relevância.
É indiscutível que, desde o seu surgimento, o conceito de clean code vem trazendo inúmeros benefícios para a área de programação. Mas, para que ele realmente seja colocado em prática, é preciso seguir algumas recomendações.
Quer saber mais sobre o que é código limpo e a sua importância? Então convidamos você a conferir o conteúdo que preparamos sobre o assunto!
O que é código limpo?
Um código limpo nada mais é do um código fácil de entender, testar e alterar, de modo que outros desenvolvedores consigam reutilizá-lo ou trabalhar nele sem grandes dores de cabeça quando for necessário.
De forma geral, para ser considerado um código limpo, alguns aspectos precisam ser facilmente entendíveis. São eles:
- Fluxo de execução de todo o aplicativo;
- Como os diferentes objetivos colaboram entre si;
- O papel e a responsabilidade de cada classe;
- O que cada método faz.
Já para ser considerado fácil de alterar, é recomendável que o código reúna as seguintes características:
- Classes e métodos com apenas uma única responsabilidade e que sejam previsíveis – ou seja, que funcionem conforme o esperado;
- Classes com Interfaces de Programação de Aplicações (APIs) públicas claras e concisas;
- Ser facilmente testável.
Apesar de um código limpo variar de acordo com o projeto ou a linguagem de programação adotada, a premissa principal por trás desta filosofia é uma só: aplicar técnicas que aprimorem a leitura e a escrita dos códigos.
Ao fazer isso, o clean code busca combater códigos mal feitos e de difícil compreensão, com títulos que não demonstrem claramente a sua função.
Trata-se de um conceito muito importante, pois, ao contrário do que muitos ainda pensam, um software nunca está totalmente finalizado.
Com o tempo, é quase certo que ele precisará passar por atualizações e ganhar novas funcionalidades a fim de não se tornar obsoleto.
Ao tornar o software apto para receber as melhorias necessárias, sem que haja a necessidade de criar um sistema totalmente do zero, o código limpo traz economia de tempo e dinheiro para as empresas.
Como surgiu o conceito de clean code?
O termo código limpo foi citado pela primeira vez no livro “Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship” (2008), publicado pelo especialista em desenvolvimento de software e métodos ágeis, Robert Cecil Martin.
A obra, que ganhou uma versão em português em 2009, foi rapidamente disseminada e parte do seguinte princípio: “mesmo um código ruim pode funcionar. Mas se ele não for limpo, pode acabar com uma empresa de desenvolvimento”.
Ao observar que um código mal escrito pode resultar na perda de incontáveis horas por ano, bem como de recursos importantes, Robert reuniu as melhores práticas e princípios para limpar códigos dinamicamente.
Vale destacar que o autor faz parte do grupo de profissionais que assinou o Manifesto Ágil, documento que é a base para a cultura ágil e metodologias que surgiram depois, como o SCRUM.
4 boas práticas para escrever um código limpo
Como dissemos anteriormente, existem alguns princípios que precisam ser considerados na construção de um código limpo.
Selecionamos os quatro conceitos principais para que você possa conhecê-los e aplicá-los no seu dia a dia:
1. Defina um nome preciso
A definição de um bom nome é essencial para o entendimento de qualquer código.
Sendo assim, o primeiro passo para criar um código limpo é definir um nome preciso para ele, que deixe explícito qual é a sua finalidade (mesmo que, para isso, você precise escolher um nome mais longo!).
2. Siga um padrão
Estabelecer um padrão a ser utilizado ao longo de todo o projeto também facilitará bastante o trabalho de outros desenvolvedores.
Existem diferentes possibilidades de formatação e customização que podem ser usadas em um código. Defina uma no início do projeto e siga-a a partir de então, para que haja uma padronização dos elementos.
3. Lembre-se de que menos é mais
Quanto menos de código você puder escrever para solucionar um problema, melhor. Na prática, isso significa que você deve evitar duplicar códigos sempre que possível, facilitando a navegação e manutenção dele.
4. Atente-se à quantidade de comentários
Um código limpo deve ser, majoritariamente, auto-explicativo. Portanto, deixe os comentários reservados apenas para explicar regras mais complexas ou trechos que não são tão inteligíveis.
Esse é um cuidado importante, pois, muitos desenvolvedores se esquecem de atualizar os comentários ao modificar um código. Com isso, eles deixam de retratar a realidade e podem gerar uma confusão ainda maior.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você. Para continuar aprimorando os seus conhecimentos sobre tecnologia, acompanhe nosso Instagram de Carreiras!