Você já parou para pensar se o capacitismo faz parte do seu dia a dia? Existem atitudes que, à primeira impressão, parecem muito inocentes, mas que podem ofender pessoas com deficiência. Por isso, o Blog de Carreiras da Vivo preparou um conteúdo completo para mostrar como evitar atitudes preconceituosas no ambiente de trabalho e na sociedade. Boa leitura!
Você sabe o que é capacitismo?
É possível que a resposta que passa pela sua mente agora esteja ligada a um ato maldoso e discriminatório. Porém, esse tipo de preconceito pode ocorrer até mesmo quando utilizamos certas expressões populares no cotidiano sem uma intenção maliciosa.
Então, o capacitismo está ligado a uma série de ações preconceituosas que resultam em uma postura de superioridade. Além disso, há a crença de que as pessoas com deficiência (PcD) são limitadas em alguma escala e, por isso, não são dignas de receber o mesmo valor em nossa sociedade.
Uma das formas de manifestação mais comuns que existem são os rótulos. Ou seja, definir a pessoa com deficiência como “incapaz”, insinuar que ela não pode ser independente, enxergá-la como alguém menos inteligente ou infantilizá-la são algumas dessas “classificações”.
É fácil identificar o capacitismo no Brasil?
A verdade é que nem sempre é possível perceber uma atitude capacitista, seja porque ela vem “disfarçada” de preocupação ou até mesmo minimizada. Alguns exemplos rotineiros são:
- Questionamentos familiares sobre escolhas da vida, como relacionamentos e profissão;
- Falta de infraestrutura em eventos ou venda de lugares exclusivos para pessoas com deficiência em casas de show;
- Aplicação de provas de concurso ou vestibulares sem o treinamento adequado para o profissional que aplica a prova;
- Acreditar que vagas para PcD são um privilégio;
- Poucas opções de brinquedos e conteúdos audiovisuais que representam as pessoas com deficiência.
Para combater esse cenário, a boa notícia é que existem ações para promover a inclusão de forma justa, como a lei de cotas para PcD. A legislação prevê que as organizações com mais de 100 colaboradores atuem para inserir essas pessoas no mercado de trabalho, reservando um percentual de vagas proporcional ao número de empregados.
Além disso, todos nós podemos fazer a nossa parte para viver em uma sociedade mais inclusiva. Quer saber como? Então, continue lendo o artigo!
8 expressões capacitistas para riscar do vocabulário
Nos exemplos a seguir, você poderá ver como até mesmo expressões populares podem representar um significado de capacitismo e como começar a agir para evitar o uso no dia a dia.
#1 – “Coitadinha”, “que bonitinha” e mais “inhas” e “inhos”
PcD não são seres humanos dignos de pena, tampouco devem ser tratados de forma infantil. Por isso, a melhor conduta é, na verdade, muito simples: entenda que eles são pessoas como você, com qualidades, falhas, desejos e aspirações, e passe a tratá-los como tal.
#2 – Utilizar “retardado” para definir alguém (ou a si próprio)
Você sabia que o termo está ligado a uma deficiência intelectual? Por ser um transtorno neuropsiquiátrico, é uma condição que necessita de acompanhamento médico e tratamento. Por isso, chamar a si mesmo de “retardado” ou utilizar para ofender outra pessoa é uma forma de capacitismo, pois expressa uma ideia de superioridade.
#3 – Substitua “fingir demência” por “fingir de desentendido”
Assim fica mais fácil de não ofender outra pessoa, concorda? A demência é um problema de saúde que afeta as habilidades mentais do ser humano, como a memória. Então, quando for o momento de fazer referência a uma situação em que não foi possível entender o que estava se passando, você já sabe qual é a forma mais adequada para não ofender.
#4 – Não fale “Fulano(a) é um exemplo de superação”
Será que ele quer ser visto assim? Muitas vezes, a resposta é não, pois o que PcD deseja é simplesmente viver a vida sem ser visto como algum exemplo. É verdade que o mundo traz muitos desafios, mas o fato de agirem apesar deles não precisa ser visto como um ato heroico.
#5 – Utilize “cometi uma gafe” no lugar de “dei mancada”
Conseguiu entender a lógica aqui? Este exemplo de atitude capacitista faz referência às pessoas com mobilidade reduzida e/ou restrição de mobilidade e existem diferentes expressões que podem ser utilizadas em seu lugar.
#6 – Não diga que deu uma de “João-sem-braço”
Esta é uma expressão popular que reflete um dos sete pecados capitais: a preguiça. Além de reforçar a questão da superioridade que foi abordada no começo do texto, também seria muito desconfortável falar isso perto de uma pessoa com deficiência, concorda? Por isso, priorize termos como “me fiz de desentendido” ou “estava com preguiça”.
#7 – Não fale que “Fulano(a) está autista”
Agora que você já sabe o significado de capacitismo, entende que existem expressões melhores para dizer, como “ele não quer interagir”, “já acabou a bateria social dele” ou “hoje ele está introspectivo”. Neste caso, vale até mesmo utilizar a empatia para tentar acolher a pessoa que está apresentando esse comportamento, pois ela pode estar em um dia ruim e precisando desabafar.
#8 – “Não tenho braço para fazer isso”
A última expressão da nossa lista é muito popular em ambientes de trabalho. Já leu ou ouviu alguma vez? Ela faz referência ao momento em que você diz que um projeto não irá dar certo pela falta de pessoas no time para executar as tarefas. Então, o que pode ser dito, nestes casos, é que “não há profissionais no time para solucionar isso”.
A inclusão é a chave para combater o capacitismo no Brasil
Ter uma legislação que promova ações de igualdade em nosso país é muito importante, mas ficou evidente que todos nós precisamos fazer a nossa parte, concorda? Para que o preconceito seja reduzido, é fundamental ter empatia e observar as próprias atitudes e a forma de se comunicar para não ofender uma pessoa com deficiência.
Agora que você já sabe o que é capacitismo e como manter uma atitude mais respeitosa, só falta uma ação: estar em um ambiente que valoriza a pluralidade de ideias e pessoas. A Vivo tem um portal de vagas exclusivo para diversidade. Acesse e confira nossas oportunidades.
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Até a próxima. 💜