A inteligência artificial (IA) mal chegou na história da humanidade e já assumiu um protagonismo e responsabilidade sem precedentes. Essa tecnologia é um dos assuntos mais comentados do momento e, no processo de aprender como utilizá-la, precisamos promover uma cultura de trabalho em que a IA seja participativa e acessível.
Aqui, podemos chamar a atenção para o fato da inteligência artificial ser uma ferramenta muito poderosa, mas que segue sendo tecnicamente desconhecida pela maioria das pessoas. Os profissionais de TI (tecnologia da informação) foram pioneiros no desenvolvimento dessa tecnologia, logo têm um conhecimento mais avançado. No entanto, a IA está cada vez mais popular e podemos citar a Luzia (IA do WhatsApp) e o ChatGPT como exemplos.
Dessa forma, temos possibilidades a explorar e questionamentos a fazer: como ampliar o conhecimento e a usabilidade das inteligências artificiais nas empresas para que as pessoas entendam o propósito da tecnologia, seja como ferramenta de trabalho, seja como parte da concepção do produto/serviço oferecido aos clientes?
Responder essa questão é importante para que não se crie uma cultura de que a IA veio para “roubar empregos”, fazer o nosso trabalho mais rápido e até mesmo dominar o mundo.
Na prática, a inteligência artificial oferece soluções para problemas do nosso dia a dia e quem determina como isso será feito são os profissionais que trabalham com ela. Entendendo o valor desse conhecimento, convidamos especialistas da Vivo em inteligência artificial para explicar como ela foi aplicada na nossa empresa e como isso pode servir de aprendizado para outros contextos. Adriana Lika, Diretora de Dados e IA na Vivo, William Bueno, Gerente de Produtos com foco em IA na Vivo, e Regina Asonuma, Consultora de Inteligência Artificial, estiveram presentes na live “Inteligência Artificial na Prática | Uma conversa sobre tecnologia e inovação na Vivo”, realizada no dia 29 de fevereiro de 2024. Superatualizados de informações sobre o futuro da IA, você confere abaixo os principais tópicos debatidos na live.
A formação de squads para trabalhar especificamente com IA
Um dos primeiros pontos trazidos por Adriana Lika em nossa live foi a formação de squads (equipe multidisciplinar composta por profissionais com habilidades complementares), que trabalham com inteligência artificial na Vivo. Ela ressalta que, hoje, essa tecnologia está presente em serviços e produtos de todas as áreas da empresa, o que resultou na formação de equipes que trabalhassem exclusivamente no desenvolvimento da IA.
Também podemos destacar isso com o número de oportunidades de trabalho criadas com a IA. Entre elas, podemos citar:
- Gerente de Projeto de TI;
- Scrum Master;
- Product Owner;
- Cientista de Dados;
- Engenheiro de Machine Learning;
- Engenheiro de Dados;
- Desenvolvedor Full Stack;
- Engenheiro de Software;
- Desenvolvedor de Aplicações;
- Arquiteto de Sistemas de IA;
- Designer de Interface do Usuário (UI Designer);
- Designer de Experiência do Usuário (UX Designer);
- Consultor de Ética em IA;
- Especialista em Proteção de Dados;
- Analista de Compliance;
- Analista de Segurança Cibernética.
A formação dos squads quebra um mito de que apenas desenvolvedores trabalham com inteligência artificial. Atualmente, segundo Adriana, os squads são multidisciplinares, contando com profissionais de diferentes áreas.
A internalização da cultura da inteligência artificial por empresas
Destacamos anteriormente sobre a importância da acessibilidade da IA e esse foi um ponto trazido por Adriana Lika durante a live. Ela fala que, na Vivo, foi feito um processo de letramento sobre inteligência artificial que incluiu todos os colaboradores.
Seja na criação de algum serviço pelo time de desenvolvimento, na venda de uma funcionalidade pelo time de vendas ou normativa do time jurídico, era importante que todos entendessem o que é uma inteligência artificial e qual a finalidade dela. Esse letramento garantiu que a Vivo tivesse o engajamento correto no aprendizado por parte dos colaboradores de forma justa, diversa e inclusiva.
Como resultado, a IA potencializou ainda mais tudo o que vinha sendo desenvolvido na Vivo, criando um cenário onde pudéssemos trabalhar de forma responsável e relevante com essa tecnologia. Essa não é uma tarefa simples nem rápida, mas que fez toda a diferença no nosso cotidiano.
Desse aprendizado, podemos citar a incorporação correta dessa tecnologia por parte das empresas e gestores, orientando os colaboradores, oferecendo capacitação e se capacitando sobre as aplicabilidades da inteligência artificial.
Quais habilidades do profissional de inteligência artificial?
É difícil em um squad tão multidisciplinar escolher uma habilidade específica para caracterizar esses profissionais. No entanto, William Bueno diz que essa pessoa deve ser extremamente curiosa, por ser necessário ir atrás das fontes de conhecimento sobre inteligência artificial, como GitHub, YouTube, artigos no Medium e outras comunidades técnicas.
William fala que não existe um playbook (documento ou conjunto de documentos que contém diretrizes, procedimentos, estratégias e melhores práticas para lidar com determinadas situações), ou faculdade com matérias consolidadas sobre IA, justamente por ser uma tecnologia experimental. Sendo assim, é importante ter essa vontade de descobrir, testar, errar, corrigir, evoluir e experimentar.
Como evoluir na sua jornada de aprendizado de IA?
Podemos concluir que a inteligência artificial não representa uma ameaça ao trabalho humano, mas sim uma ferramenta poderosa que expande nossas possibilidades. A formação de squads multidisciplinares, a internalização da cultura da IA e o desenvolvimento de habilidades são elementos importantes para o sucesso da IA.
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