Com soluções em cloud computing cada vez mais avançadas, as landing zones se fazem necessárias para gerenciar recursos, possibilitando mais segurança, organização, escalabilidade e agilidade. No contexto de cloud computing, uma landing zone é um ambiente inicial padronizado e seguro que serve como ponto de partida para implantar suas aplicações, dados e serviços na nuvem.
De uma forma prática, imagine que você administra vários workloads da sua empresa em cloud. Isso exigirá certa quantidade de recursos computacionais, armazenamento, memória e rede. Se isso é feito sem a estrutura das landing zones, você pode ter dificuldades em organizar os fluxos de trabalho, os custos e os resultados esperados.
Nesse sentido, fica difícil imaginar que, atualmente, um projeto de computação em nuvem seja desenvolvido sem landing zones. Conversamos com Beatriz Oliveira, Cloud Engineer na Vivo, sobre a importância desse tema e você confere os detalhes na entrevista abaixo.
Como criar boas estruturas de landing zone tem contribuído no seu trabalho?
Beatriz conta que a construção de uma boa landing zone tem sido crucial no seu trabalho. Ela diz que já trabalhou em ambientes onde essa fundação não existia e, no dia a dia, para gerenciar os recursos, enfrentava um excesso de problemas.
“Para ilustrar a importância disso, vou fazer uma analogia com a construção de uma casa: geralmente, construímos a fundação antes de erguer a casa sobre um alicerce seguro. Trazendo para o contexto da nuvem, é o mesmo, a landing zone é a fundação de tudo que construiremos na nuvem posteriormente. Sem ela, corremos sérios riscos de enfrentar problemas estruturais que podem levar a dificuldades na gestão de serviços críticos para o negócio no dia a dia, desperdícios financeiros, vulnerabilidades de segurança, entre outros problemas”, complementa Beatriz.
Por que é importante estruturar bem uma landing zone?
Segundo Beatriz, “a adoção da computação em nuvem está crescendo aceleradamente em diversos setores, graças à sua capacidade de oferecer maior flexibilidade, escalabilidade e agilidade no desenvolvimento e entrega de novas soluções digitais para as empresas”.
Beatriz ainda ressalta que, embora a computação em nuvem traga inúmeros benefícios para os negócios, é crucial adotá-la de maneira adequada e estruturada, estabelecendo padrões e governança que simplifiquem a usabilidade e a manutenção dos serviços na nuvem. Uma das estratégias para alcançar isso é por meio do uso de landing zones.
Como estruturar bem uma landing zone?
Ao começar a estruturar uma landing zone, existem várias camadas a serem consideradas. Independentemente do provedor de nuvem, é importante se concentrar principalmente nos seguintes itens:
- Padronização de contas/ tenants para garantir consistência e facilidade na gestão da nuvem;
- Políticas de tags/ labels para organizar e categorizar os recursos na nuvem;
- Implementação de políticas de autenticação, autorização e controle de acesso para os recursos da empresa na nuvem;
- Gestão da segurança, incluindo proteção contra ameaças cibernéticas, garantia da privacidade dos dados e conformidade com as regulamentações de segurança;
- Estrutura de rede, incluindo a arquitetura, camadas e como as conexões de rede serão gerenciadas.
Para auxiliar no processo de estruturação de uma landing zone, é recomendável que você consulte as melhores práticas que os principais provedores de serviços em nuvem do mercado oferecem. Eles disponibilizam uma variedade de documentações para ajudar seus usuários na implementação de padrões de landing zones. A seguir, estão disponíveis as principais:
O que pode acontecer caso uma landing zone não seja bem feita?
A ausência de uma landing zone bem estruturada na nuvem pode resultar em diversos problemas, como:
- Falta de organização e padronização nos serviços de nuvem, o que dificulta identificar e resolver problemas no dia a dia;
- Inconsistências na implementação de políticas de segurança, o que pode acabar resultando em vulnerabilidades de segurança;
- Dificuldades no gerenciamento de custos, que podem causar gastos não previstos e elevar os custos dos workloads na nuvem;
- Dificuldades de escalabilidade, tornando difícil a adaptação às mudanças conforme as necessidades do negócio.
Cloud computing é uma tecnologia apenas para empresas de tecnologia?
Beatriz explica que “a computação em nuvem está presente em vários aspectos do nosso dia a dia. Ela é amplamente utilizada por empresas de diversos setores para hospedar e disponibilizar soluções aos seus clientes por meio de provedores como AWS, GCP, OCI, Azure, dentre outros. Também é utilizada pelos usuários comuns por meio de serviços como Google Drive, iCloud e Dropbox, para acessar e compartilhar arquivos em diferentes dispositivos”.
Como a cloud computing está presente nos projetos da Vivo?
A Vivo adota o uso da nuvem de forma consciente e estratégica nos últimos anos. Segundo Beatriz, “atualmente, executamos vários workloads essenciais para o negócio em diversos clouds providers (provedores), como AWS, Google Cloud, Microsoft Azure, Oracle Cloud e Huawei Cloud, por exemplo”.
Ela complementa dizendo que a estratégia Vivo é focar em criar serviços com tecnologias nativas de nuvem e aproveitar o melhor que cada provedor tem a oferecer, para ser possível entregar cada vez mais soluções digitais aos nossos clientes de maneira ágil, escalável e segura.
“Quando me juntei à empresa, estávamos apenas começando nossa jornada para a nuvem, em 2021. Hoje, tenho orgulho de ver tudo o que já construímos na nuvem e estou entusiasmada com os planos que temos para o futuro”, conta Beatriz.
A Vivo segue implementando soluções cloud e desenvolvendo tecnologias que facilitem a interação digital das pessoas. Se você deseja se especializar na área tech, acompanhe os conteúdos do nosso Blog de Carreiras e receba materiais exclusivos em seu e-mail.
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