O firewall é um dos dispositivos de defesa mais importantes para uma empresa. Porém, para que funcione com máxima eficiência, é necessário entender quais são os tipos de firewall mais indicados para cada situação.
Temas relacionados à cibersegurança tem se tornado cada vez mais relevantes no ambiente das empresas. Em 2022, o Brasil sofreu 103,1 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Os dados são da Fortinet, empresa especializada em cibersegurança. Esse resultado é 16% maior do que o número de ataques registrados em 2021 e exige softwares de proteção eficientes o suficiente para impedir que esses ataques resultem em prejuízos para as empresas.
E parte desses ataques tem gerado uma série de problemas. O relatório anual The State of Ransomware da Sophos revelou que 70% dos ataques a empresas brasileiras resultaram em “sequestro” de dados.
Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de firewall e entender como usá-los para garantir a proteção cibernética de uma empresa.
Quais os principais tipos de firewall?
Os firewalls são classificados pelos tipos de filtragem de informações que esses softwares são capazes de fazer. Por conta disso, pode ser necessário que vários deles sejam usados simultaneamente para aumentar a proteção entre as camadas de rede.
Firewall de filtragem estática de pacotes
O firewall de filtragem estática de pacotes, também conhecido como firewall de inspeção sem estado, atua na filtragem da camada 3 e 4 (OSI). Essa operação é baseada na identificação de IP, portas e protocolos de pacote, impedindo que duas redes se conectem sem permissão.
Esse tipo de firewall oferece uma filtragem básica, mas não menos eficiente, dos dados individuais enviados por uma rede. Além disso, permite criar um conjunto de regras para aceitar ou eliminar o tráfego em uma ligação em rede.
Porém, essas regras precisam ser criadas manualmente, o que limita a atuação desse firewall. Dessa forma, é indicado para operações em redes pequenas.
Firewall de gateway em nível de circuito
O firewall de gateway em nível de circuito atua na filtragem da camada 5 (sessão) no modelo OSI. Essa operação tem o objetivo de validar uma troca de informações segura entre um dispositivo interno e externo, funcionando como um circuito virtual entre o servidor proxy e o cliente interno, para que os dispositivos possam se comunicar pela internet.
Por conta disso, esse firewall também pode ser chamado de proxy TCP.
Uma das principais vantagens do firewall de gateway em nível de circuito é monitorar rapidamente o handshaking de pacotes de dados TCP, identificando possíveis ameaças.
Juntamente com outros dispositivos de cibersegurança, esse tipo de firewall consegue oferecer uma sólida camada de proteção, fortalecendo o sistema de defesa contra vazamento de dados.
Firewall de inspeção com estado
O firewall de inspeção com estado atua na filtragem de todas as sete camadas do modelo OSI (física, enlace de dados, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicativo). Também chamado de firewall de filtragem dinâmica, esse software tem a capacidade de identificar padrões a partir das regras estabelecidas em filtragens anteriores e usar esse aprendizado em tomadas de decisão futuras.
Com isso, o firewall de inspeção com estado consegue inspecionar as características dos dados e seus canais de comunicação e restringir ou bloquear a operação se considerá-la uma ameaça.
Firewall de proxy
O firewall de proxy ou firewall de aplicação atua na filtragem da camada 7 (aplicação) no modelo OSI. Esse software é responsável pela segurança entre um computador ou rede interna e outra rede (normalmente internet).
Para isso, o firewall de proxy precisa realizar a filtragem de dados dos seguintes protocolos: IP, portas, protocolos básicos de pacote (UDP, ICMP), FTP, HTTP e DNS.
Essa não é uma implementação fácil por conta da grande quantidade de regras que precisam ser criadas. É uma operação pesada e pode gerar atrasos na funcionalidade, mas é um tipo de firewall que garante um alto nível de segurança.
Firewall de última geração (NGFW)
O firewall de última geração NGFW (Next Generation Firewall) reúne as melhores funções e ferramentas que existem nos outros tipos de firewall para bloquear crimes cibernéticos modernos, como malware avançado e ataques na camada 7 (aplicação) do modelo OSI.
A operação do firewall de última geração consiste na filtragem granular dos pacotes de dados em todas as camadas do modelo OSI. Esse tipo de firewall é mais sofisticado e tem sido usado por setores que demandam alto nível de segurança.
Como usar os diferentes tipos de firewall?
Os tipos de firewalls são importantes ferramentas de cibersegurança e todas as empresas que realizam operações na internet devem seguir essas práticas. Nesse sentido, o firewall não é apenas uma tecnologia, mas uma estratégia de proteção dos dados de empresas e clientes.
Por isso, listamos os fatores que você deve considerar antes de escolher o tipo de firewall ideal para o seu projeto:
- Tamanho da empresa;
- Complexidade da rede;
- Tipo de tráfego que você deseja controlar;
- Ameaças específicas que você deseja mitigar.
Como sugestão, uma operação em camadas que combinam diferentes tipos de firewalls e soluções de segurança oferece um bom nível de proteção.
Na Vivo, a proteção dos dados dos nossos clientes é feita com todos os recursos possíveis. Somos dedicados a impedir crimes digitais com as ferramentas e softwares dos mais altos níveis de segurança.
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